Saturday, July 17, 2010

A Chuva e o Amante

(Antes de mais nada, gostaria de dizer que dedico essa história a minha querida amiga nêmesis Fer, apesar de ser uma beeem short story, porque ela é fofa, e legal, e tem tablet. :D)


Era uma cidade onde chovia muito. Não havia muito movimento, as crianças não saiam de casa. Ninguém queria sair na chuva. Então tudo o que podia-se ouvir pelas ruas daquela cidade eram os sons da chuva atingindo o solo, atingindo os telhados das casas. Encharcando a cidade. Ninguém gostava da chuva. E a chuva nunca parava.
As crianças olhavam pela janela, a chuva escorria pelo vidro. Era difícil ver o que havia lá fora. As mães os instruíam a não abrirem as janelas. Não saírem de casa. E era como as coisas aconteciam. Era como se a cidade fosse assombrada.
Certa vez um menino ficou curioso pra saber como seria o lado de fora da janela, e então a abriu. Imediatamente a chuva entrou pela sala, juntamente com um vento fortíssimo que fez a casa ficar suja e encharcada em poucos segundos. A mãe veio correndo para fechar a janela antes que coisa pior acontecesse, e ficou furiosa com o menino. Mandou-o para seu quarto, e foi onde ele ficou por muito tempo. Porém, apesar de tudo, ele havia achado a experiência totalmente revigorante. Tentou abrir a janela em seu quarto, porém, esta estava trancada, e ele não conseguia abrir de forma alguma. Parou então e ficou a observar a chuva que escorria pelos vidros, desejando sentí-la na pele mais uma vez.
Os anos naquela cidade se passavam, e a chuva nunca parava. As crianças cresciam sem conhecerem o céu. Sem sequer realmente conhecerem o dia. Cresciam ouvindo de seus pais que a natureza e os deuses odiavam aquela cidade. Cresciam odiando a natureza. Sem sequer conhecê-la.
Mas aquele que uma vez deixou-se tocar pela chuva era diferente de todos os outros. Não conhecer o mundo afora o deixava mais curioso. Será que a chuva cairia para sempre? Se sim, de onde viria tanta água? Estaria chovendo fora daquela cidade, e no mundo todo? Ele não sabia. Mas queria saber. Já os outros queriam não saber.
18 anos. Ele era grande. As regras de sua casa já não se aplicavam mais da mesma forma. Ele queria ser livre. Olhou pela janela. Era dia.
O céu estava sempre da mesma cor, então as vezes era difícil dizer. Mas era dia.
Pegou seu guarda-chuva, saiu de fininho pela porta. Andou pelas ruas. Ouvia a chuva e se encantava com os sons dela caindo. Atingia os telhados das casas, atingia o solo. Escorria. Batia no guarda chuva de forma violenta. Tanta proteção contra ela a insultava profundamente. Ao que a idéia passa pela cabeça dele pela primeira vez, ele larga seu guarda-chuva. Tira sua blusa. Fica de joelhos, e fecha os olhos. Sentindo a chuva cair em sua pele. Sentindo a água escorrer pelo seu rosto. Era tão fria.
Ele respira fundo. Só ouvindo a chuva. Sentindo sua alma ser lavada. A cada segundo sentindo-se mais leve.

- Que bela é a sua voz...

Antes que pudesse perceber, ele estava cantando. Porque a chuva cantava. Espantando os males que tanto o faziam mal.

- Cantas muito bem também.

Ele abre os olhos, sem conseguir enxergar. Alguém estava lá. A água fria da chuva se mistura com o calor das lágrimas que escorriam pelo rosto dele, e seus olhos inchados impediam-no de enxergar com nitidez.
Mas ele se sentia tão leve.

Ergueu-se, segurou na mão daquela pessoa que ele desconhecia. Ele já não tinha medo de nada. Acompanhou a pessoa pelas ruas da cidade, e já não sentia nada.

E a chuva parou.

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Yoake Aiyume escreveu isso as 9:02 PM sem nenhum motivo aparente. | 0 Comentários

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Sunday, July 11, 2010

Porque-a-culpa-será-sua

Aconteceu de novo.
Eu me lembro muito bem quando há dois anos ou algo assim eu quis sair dessa casa. Lembro bem também que só faltaram ter quebrado minhas pernas e me acorrentado na cama pra que eu não fosse. É por isso que ainda estou aqui. Não, eles não imploraram pra que eu não fosse como se eu fosse muito importante pra eles. Eles fizeram pior. Usaram o fato de que eles são importantes pra mim. Usaram isso contra mim. Mas eu não deixarei que façam isso novamente.
É. Eu não fui. Porque apesar de tudo eu os amava. Eu não queria trocar eles pela chance de sair daqui.
E foi sempre assim.
É quase como ser uma marionete. Aliás, não é. É pior. Não posso falar se não querem que eu fale, mas preciso falar se eles querem. Eu não posso querer o que eu quero, mas preciso querer o que querem que eu queira.
A indecisão por parte deles deve ser o que mais me destrói.
Colocando isso de um jeito simples, eles fizeram de tudo pra que eu não saísse dessa casa. O dia em que eu disse "okay, eu não vou sair" eles me disseram "quando você se formar, não te queremos mais aqui". O que é isso? Alguém pode me explicar que porcaria é essa?
Claro que não foi o pior. O pior ainda está acontecendo. E ainda está por vir.
Acontece que desde então eu ouço no mínimo duas vezes por semana alguém da casa dizer que me odeia, que eu não sirvo pra nada, que eu só trago problemas, e que não me querem nessa casa.
Ultimamente minha mãe anda em casa. Tirou licença médica por estar com depressão. Na verdade está com a tal da depressão há anos. E claro que a culpa disso é minha. Tudo o que acontece de ruim é culpa minha. Eu posso até dizer que todos os problemas que você que está lendo tem na vida também são culpa minha. Então eu passei a ser ameaçada.
"se sua mãe morrer, saiba que será sua culpa. E se acontecer, eu vou te espancar tanto, mas tanto, que eu vou ser preso"
Eu lembro dessas palavras muito bem, apesar de que as ouvi há muito tempo. Eu inclusive estava sentada bem aqui. No mesmo lugar que estou agora.
Então como se já não bastasse eu não estar lá numa situação muito boa eu descubro que se minha mãe morrer, não só eu viro assassina, como também viro vítima de agressão.
Sem contar que quer eu faça algo ou não, ela vai morrer um dia.

Definitivamente.
Eu posso dizer que me arrependo do dia em que eu me recusei a trocar minha família por uma vida longe dela.

Agora eu estou com medo. e eu estou confusa.
Confusa porque.. Bem.


Se algo vai mal é culpa minha.
Se falta dinheiro é porque eu não arrumo emprego.
Se mãe está mal, pai passa semanas brigando comigo.
Se eu digo algo ele me manda calar a boca.
Se eu não me calo ele me bate.
Se eu não respondo quando me perguntam algo, brigam comigo.
Se eu respondo, falam mal de mim.
Se eu tento conversar eles fazem piada de tudo o que eu disser.
Se eu não converso eu sou uma anti social que se acha superior a todos.
Se eu não lavo louça ou ajudo com a limpeza da casa, eu sou chamada de inútil.
Se eu tento ajudar brigam comigo e me mandam não tocar em nada porque "eu não vou limpar direito mesmo"
Se eu demonstro interesse em alguma coisa eles falam disso como se fosse a coisa mais débil do mundo.
Se eu não me interesso por nada eu que sou uma débil.
Se eu durmo cedo, eu sou uma folgada.
Se eu durmo tarde eu sou irresponsável.


Eu lembro de quando eu ainda ia atrás de empregos. Eu tinha a esperança de que fosse conseguir me dar bem em um. Aliás, nem tinha, eu ia porque meus pais me faziam procurar.
E eu nunca me dei bem em nenhum, e é porque sou lenta.
A única coisa que eu tinha pra contar do meu trabalho sempre era o fato de que levei bronca por não ser rápida, e, bem, isso nunca mudou, e nem nunca vai mudar.
E meus pais me incentivavam muito!
Eles diziam "você sabe que não vai conseguir. Mas se te despedirem, é só procurar outro emprego"
Certo.

Falando sério, eu tive 4 empregos, sendo que três duraram mais ou menos meio ano, e o último não durou uma semana.
E eu gostei de três deles. Eu gostei muito. A verdade é que eu gosto de trabalhar.
Eu só não conseguia acompanhar o ritmo das outras pessoas.
Então eu levava bronca.
E chegava em casa pra levar mais bronca.
Então, trabalho pra mim sempre foi uma coisa muito exaustiva, e estressante.
Primeiro porque só pra achar um emprego eu já demoro.
Digamos que eu sou bastante tímida, e não consigo me expressar bem em entrevistas.
E eles costumam preferir pessoas mais energéticas, e ativas, que falam o que pensam, e se expressam bem, então logo de início eu já não tenho muitas vantagens.
Então eu passo meses procurando empregos, indo a entrevistas uma atrás da outra. Recebendo coleções imensas de rejeições.
Okay.
Então eu consigo um emprego e -se já não levar bronca logo no primeiro dia- levarei em todos os outros por falta de agilidade.
E eu não converso em serviço, não fico fazendo o que não devo, e não, eu não fico enrolando. Eu costumo dar meu melhor. Só que meu melhor não é rápido o bastante.
Aí eu passo o dia levando bronca no trabalho. Chegando em casa eu -não tenho- nada de bom pra falar.
E ainda levo broncas, porque é a maior habilidade dos meus pais, de qualquer forma.

Então é tudo muito mais estressante...

E eu poderia passar semanas aqui desabafando, mas ficar pensando em tudo isso me faz mal, então eu continuo quando conseguir parar de chorar.

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Yoake Aiyume escreveu isso as 9:31 AM sem nenhum motivo aparente. | 0 Comentários

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Thursday, July 01, 2010

The Dawn

Ele abre a porta sem saber o que iria encontrar
Encontra uma luz que por momentos o cega
Pra logo após ver uma garota que o intriga...

E algo lhe dizia pra ir embora...
Esse algo apenas não o convencia
Ela nem o viu entrar
E o dia amanhecia...

Havia uma cadeira, perto da janela
Foi onde ele ficou, apenas olhando para ela
E então ela enfim percebeu...
E pensar que aquela criança era eu...

E algo pedia que ele fosse
Ele insistia em ficar
Ela nem sequer o olhava
Ele quase pôs-se a chorar

Na mão dela uma pena que ela não queria soltar
A tinta nas folhas brancas formavam coisas que ele não podia decifrar
Linhas e curvas que pareciam jamais acabar
Ao que a folha se preenchia, era só a página virar

E os pássaros cantavam ao que o dia acordava
E ele, de sua cadeira, em silêncio observava
Sua voz ele não sabia, sua atenção não ganhava
Mas sem pensar muito no assunto, ele a disse que a amava

Tocou o vidro da enorme janela com uma de suas mãos
Soprou ar quente, embaçando-a, deixando sua impressão
Desenhou linhas e curvas que nem ele compreendia
Mas de nada adiantou, pois nem ele se entendia

Estava quente, o sol subia, ele pode perceber
Algumas horas se passavam desde aquele amanhecer
Quando ele menos espera ela o atinge com um olhar
E por um instante ele sentiu que o mundo iria desabar

E pensar que eu era ela, eu lhe disse pra ir embora
Ele apenas questionava "por que eu partiria agora?"
Sem saber o que a esperava, inocente ela sorriu
Na barreira entre os dois, uma passagem se abriu

E o que eu fiz de errado? Sinceramente não sei
Me salvar, te salvar, posso jurar que eu tentei
Não sei o que dará errado, mas eu sei que eu errei
Talvez algo que eu fiz, ou uma lembrança que deixei

Pouco a pouco os olhares dela tornam-se frequentes
E com tanto tempo sentado, suas pernas estavam dormentes
Ergueu-se da cadeira com dificuldade
Foi até a mesa dela, com certa curiosidade

Dando agora a ele um pouco mais de atenção
Ela enfim soltou a pena pra segurar sua mão
Olhava nos olhos dele, mas sem nunca dizer nada
Sem saber o nome dela, ele chamou-a de Alvorada

Convidou-a a levantar-se e saírem a brincar
Ela apenas recusava, precisava trabalhar
Já perdendo as esperanças, ele volta a sua cadeira
Desviando a atenção ao crepitar de uma lareira

Vendo ele assim tão triste, ela quis ir animá-lo
E com sua pena, numa folha, desenhou-lhe um cavalo
Sem poder esconder, ele sorriu mais animado
Nesse instante ela notou que o queria ao seu lado

Novamente, na janela
Ele começa a desenhar
E já estava escurecendo
A noite estava a chegar

Pedi que ele fosse embora
Ele não quis me ouvir
Era um garoto tão teimoso
Sem deveres a cumprir

E mesmo com a noite alí
E com o sol a adormecer
Ela nunca descansava
Não parava de escrever

Cansado então, ele adormece sozinho
Encolhendo-se em sua cadeira como um pássaro em seu ninho
Porém ele se assusta de manhã ao acordar
A menina escritora não estava a trabalhar

Observava e ouvia os pássaros acordando
Alvorada sorria, o sol estara raiando
E ao que ele se encantou, ao vê-la perto da janela
Sem pensar muito no assunto, jogou-a pra fora dela

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Yoake Aiyume escreveu isso as 2:24 AM sem nenhum motivo aparente. | 0 Comentários

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Tuesday, June 29, 2010

Crises Destrutivas

Eu gostaria de poder dizer que é algo que todos têm, mas eu não tenho tanta certeza sobre isso pra poder afirmar.
Aliás, eu tenho meia certeza, estou perto de poder falar que todos têm lá suas crises psicopatas.
Não tenho tido tantas ultimamente, mas eu me lembro muito bem de que há alguns anos atrás, eu passei por uma fase totalmente cheia de crises psicopatas, sádicas, destrutivas, e auto-destrutivas.
Vejamos uma coisa destrutiva que eu fiz...
Certa vez eu peguei um daqueles cachorrinhos cabeçudos do mc que achei no quarto e comecei a puxar e repuxar, até que eu arranquei uma orelha dele. aí eu achei graça naquele enchimento dele, saindo pela orelha, como se ele tivesse perdendo o cérebro ou sei lá o que, e comecei a abrir um buraco maior nele. Tirei todas as "entranhas", e o virei do avesso, e então deixei ele na estante de enfeite. Ele tinha passado de um cachorro a algo nada identificável, revirado, e com um olho saltando pra fora. Então eu achei legal, e fiz isso com outro cachorrinho.
E.. No final alguém me fez jogar fora, mas eu peguei as entranhas deles, e com elas eu fiz uma cabeça de coelho que eu tenho até hoje. :c
Não sei quão doentio alguém pode vir a considerar isso, talvez ninguém nem considere. Mas não deixa de ser destrutivo. E aqueles olhos saltando pra fora como quem diz "fui esquartejado" se é que alguém chega a dizer isso me divertiam bastante... :D
Outra coisa destrutiva que eu fiz foi destruir todos os meus desenhos que eu pude encontrar. Vou contar. Eu tinha esquecido de lavar a louça ou algo assim e foi num dia em que meus pais não estavam muito de bom humor, se é que o humor deles fica bom em algum momento.
I keed.
Eles são dois palhaços em uns 45% do tempo, e a verdade é que eu não sei se isso me irrita mais ou menos do que quando eles estão no modo vuvuzela.
Continuando, eu tava no quarto. Então, pai veio e começou a gritar comigo, sendo que, sei lá, eu não tinha certeza do porque. Então ele me ergueu pelo braço e me jogou no chão, em cima de uma caixa onde eu guardava roupas e tal.
E a caixa quebrou. E me machucou. E ele continuou me xingando, e falando mal dos meus desenhos, e depois bateu a porta do meu quarto e foi embora.
Concordei com ele quanto aos meus desenhos, e então disse a mim mesma que não precisava mais desenhar e que todos os meus desenhos eram inúteis, e comecei a pegar todos, e rasgá-los um a um, jogando os pedaços no chão, até que eu não achei mais desenho algum, e... Bem, nesse ponto o chão estava tão cheio de papéis rasgados que não se via mais nada.
Aí minha mãe entrou no meu quarto, viu meus papéis e teve uma crise emo, e começou a chorar, e foi uma coisa.
Fiquei um tempo aí sem desenhar, mas como podem ver, eu já estou desenhando de novo.
Já até estou pensando em parar por mais um tempo, mais uma vez.
O bom das crises destrutivas é que elas te fazem destruir coisas, e depois você só pode é jogar essas coisas fora, o que faz com que crises destrutivas contribuam pra que você não fique entulhando coisas no seu quarto. Deixam espaço livre também, como... Por exemplo, eu fiquei com duas gavetas e umas três pastas livres por ter rasgado os desenhos.
A única coisa ruim é que agora eu não tenho como mostrar pras pessoas caso elas queiram ver como eu desenhava a sei lá quantos anos atrás.
O que nem é tão ruim, porque isso não é algo que alguém já me pediu pra ver.
Então ta aí. Tenha crises destrutivas, e seja feliz.
Só não mate o gato da vizinha, porque donos de gatos são sempre malucos.

Apple kisses, bye!
Yoake Aiyume escreveu isso as 12:54 AM sem nenhum motivo aparente. | 0 Comentários

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Sunday, June 27, 2010

A janta tá pronta!

Bem, eu nem sei de onde tirei a idéia, mas vou falar um pouco sobre como é o jantar aqui em casa.
Primeiramente... Diferente do que muuuitos brasileiros com quem eu costumo falar pensam, nós não comemos exclusivamente comida japonesa só por morarmos onde moramos. D:
Assim como, diferentemente do que os japoneses costumam pensar, também não comemos nada de especial ou típicamente brasileiro, ou seja lá o que for. XP
Nosso cardápio costuma ter bastante refogados de carne com vegetais, e cogumelos. Arroz é sempre aquele feito em panela elétrica, e btw, é exatamente por isso que eu não saberei cozinhar arroz de outra forma quando sair daqui. Salada é meio que coisa rara. Em geral é só o refogado e o arroz. Sinceramente, eu não gosto muito.
A verdade é que eu sou bastante fresca com comida. Não gosto daquele refogado com tudo misturado como se salada, aperitivos, carnes, prato principal, TUDO tivesse virado uma coisa só. Minha família adora. Convenhamos que é realmente prático pra preparar. Mas ainda assim eu prefiro minha salada crua. :c
Tá, tá, vamos continuar antes que você venha me dizer "se acha ruim, faça a janta você"
Inclusive, falarei exatamente sobre isso.
Não cozinho há muito tempo.
Bem, na verdade não cozinho o JANTAR há muito tempo. E eu TENHO um motivo pra isso, e não é nada do tipo eu não gostar de cozinhar.
Antigamente eu cozinhava o jantar aqui e alí e eu acho que eu me divertia fazendo isso, assim como eu também me sentia mais útil nessa casa. Só que acontecia uma coisa.
Meus pais SEMPRE tinham que reclamar de algo.
Eu falei do fato de serem vuvuzelas no post anterior, certo? Bem, isso não é de agora.
Então o que acontecia era que eu ia pra cozinha, e preparava o jantar pra todos, pensando em todos. Todos íamos jantar, e eu sinceramente gostava bastante da minha comida. Mas todos os dias minha mãe olhava pra mim e dizia "ai, sua comida tem um sabor estranho", ou "ai, falta sal" ou "ai, tá salgado", ou "ai, tá frio", ou "ai, ta quente". Tanto fazia sobre o que ela iria reclamar, ela tinha que reclamar sempre" Todas as vezes-sem-exceção. E meu pai é tipo aquelas meninas que andam com a líder do grupinho e concordam com tudo o que a líder disser, sabe?
Então se mãe reclamava, ele reclamava junto.
E eu até que aturei isso bastante.
Até que um dia eu me esforcei bastante pra fazer uma janta gostosa. Assim. Bastante. Mesmo.
Minha mãe olhou pra mim e disse "você cozinha muito mal".
Eu simplesmente decidi que não cozinharia mais a partir daquele dia, e desde então, eu não cozinho mais.
E como a preguiça meio que fala mais alto quando eu sou a única que tem que almoçar, ou eu não almoço, ou eu simplesmente faço qualquer coisa como um miojo, ou um ovo frito. Principalmente ovo frito.
Mas bem, voltando ao assunto, o jantar costuma ser arroz e refogado. De vez em quando tem um hambúrguer, peixe frito ou macarronada... Mas definitivamente não há nada de muito "oh" nos nossos jantares.
- Não comemos feijão há tempos.
- Comemos pouca fritura.
- No inverno passa de refogado a cozido e eu também não gosto tanto assim... :/
Aí tá, mãe faz a janta. Ela chama. Eu e minha irmã fazemos "fila" pra pegar comida.
Meu pai simplesmente vem e fura a fila e eu odeio isso.
Eu muitas vezes sou a última a me servir porque eu sou a mais devagar.
Mesmo que eu não seja a última a me servir, sempre sou a última a terminar de comer, e não é porque eu como mais. Eu sou devagar mesmo. Eu sou a única que não conversa no jantar, e ainda assim, sou a última.
Uma coisa que eu não gosto no jantar é que de tempos em tempos, mãe vem jantar depois da gente. Aí meu pai e irmã terminam de comer e saem da mesa. E ela começa a reclamar porque "odeia comer sozinha" como se eu simplesmente não fosse uma pessoa que estivesse lá comendo na mesma mesa.
Eu também não gosto de comer sozinha. Eu fico deprimida.
Mas eu SEMPRE sou deixada sozinha. E não reclamo disso.
Então eu odeio que reclamem, porque eles não esperam também.
E eu meio que fico irritada quando não pedem as coisas, e passam o braço na minha frente.
Eu sei lá, eu me sinto como se estivesse sendo bem ignorada. Por isso não gosto do jantar. ._.
Vou indo agora, o jantar acabou e restou a louça pra mim.

Airingo kisu, bye ;*
Yoake Aiyume escreveu isso as 5:50 AM sem nenhum motivo aparente. | 1 Comentários

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A Reaparição da Aiyume

É, pois é, eu acho que todos que lêem o blog perceberam que eu não tenho postado aqui faz muito tempo. Provavelmente a maioria já nem vem mais pra ver se tem algum post novo, não que eu tivesse muitos leitores, mas enfim. Eu voltei. Estou aqui. Postando algo novo. Rá!
Eis o que acontece. Eu criei o vlog, eu arrumei outros estilos de desenho pra tentar, tenho treinado ambidestria, e assistido trocentos filmes da Disney, etc, etc, não vou perder tempo dando desculpas do porque não vim. Vou ver se venho mais aqui. Mas tenho a impressão de que isso vai virar um lugar pra eu desabafar. D:
Ando sem ânimo pra escrever histórias... Sem ânimo pra muitas coisas, na verdade. Tenho pais vuvuzelas que adoram estar buzinando no meu ouvido o tempo todo sobre o que quer que seja.
Enfim, nem ficarei muito nesse post, eu acho que estarei a postar alguns posts agora, aqui, hoje, apesar de que provavelmente só farei mais um ou dois.

E a partir de agora inventarei um tipo de assinatura que passarei a dizer no final dos meus posts.
Tem que ser um idiota. Provavelmente usarei nos meus vídeos também.
E eu nem pensarei muito. Avise se tiver uma idéia melhor. Por hora serááááá...

Airingo kisu, bye :D/
Yoake Aiyume escreveu isso as 4:54 AM sem nenhum motivo aparente. | 0 Comentários

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Wednesday, May 26, 2010

TEOS News D:

Eeeeentão.
Acabei de terminar um outro capítulo da TEOS após muito tempo tentando escrevê-lo sem conseguir, e.. Eu acho que estou feliz com isso.
Como eu mudei certas coisas na história toda, resolvi que seria melhor dar uma explicação, e então, aqui estou eu. :c

TEOS [The End of Samhain]
Ficou dividida em quatro histórias:

-Life
-Dream
-Nightmare
-Death

E por sua vez, essas histórias foram divididas em episódios, que por sua vez, foram divididos em capítulos, o que parece complicar tudo, mas no fim facilitou. D:

O primeiro episódio de Life é Shuppatsu, que até então tem 5 capítulos.
E vejamos... O que mais eu poderia dizer?

Até hoje, esses cinco capítulos que eu postei nesse blog são na verdade os únicos capítulos prontos que eu tenho da história toda que estão escritos em algum lugar.
Eu tenho decidido o enredo da história sim, mas não completamente. Mais ou menos 50% do que eu escrevi nos capítulos que escrevi até agora na verdade foram coisas que eu simplesmente pensei na hora em que estava escrevendo. D:
Ou seja, provavelmente alguma coisa nessa história será sem nexo. Eu acho.
Eu poderia passar mais uma hora escrevendo aqui enquanto espero pra ver se valeu a pena esperar, mas eu acho que seria melhor eu tentar fazer um vídeo já que estarei ocupada na sexta, então.... See you. :c/
Yoake Aiyume escreveu isso as 8:16 AM sem nenhum motivo aparente. | 1 Comentários

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Friday, May 21, 2010

Vamos nos casar?

Até então eu me perguntava o que seria isso.
Você sabe que eu te amo.
Agora eu quero que o resto do mundo saiba que eu te amo.
Igreja? Não.. Eu não sou cristã. O que é se casar perante a Deus?
Agora eu fiquei curiosa.
A noiva toda de branco. Convidados sentados em.. Arquibancadas? E você lá na frente.
Caminha. Caminha. Caminha. A noiva passa por todo mundo.
Ela se veste de branco porque supostamente é pura.
Vê aquele vestido branco?
Pureza.
Vê a cauda longa daquele vestido? Aquela roupa enorme?
A noiva arrasta a pureza até você.
A pureza pesa?
Não gostamos de igrejas mesmo.. Certo?
É.
Então.
Ouço dizer que meus pais se casaram num cartório.
O que é um cartório?
Cartório é um nome genérico que designa uma repartição pública ou privada que tem a custódia de documentos (cartas) e que lhes dá fé pública.
Obrigada, Wikipédia.
Mas não ajudou nada.
Casamento rima com documento. Olha que legal. Casamento é um trato? Um acordo?
Soa assim.
Ah.
É.
Não quero me casar então.
Um segundo...
Vamos esquecer disso.
Vamos para a praia.
Eu e você.
De quem mais você precisa?
Não vai se casar com mais do que uma pessoa mesmo.
Não é?
Eu acho.
Não?
Se você quiser...
Chamamos a cidade toda.
E os pombos daquela praça que eu já nem lembro o nome.
Vista-se bem.
Não quero te ver com roupa de pinguim, como se isso fosse algum tipo de reunião importante de trabalho.
Porque não é.
Vista lá um calção...
Camiseta? Sim ou não..
Não vai importar tanto, se nos casarmos no verão.
Eu tenho medo do mar, mas você estará comigo.
Podemos brincar na areia, ou quem sabe até na água.
O dia todo.
Não seria legal?
Corremos pela areia, deitamos, olhamos para o céu.
Vamos cantar? Quero ouvir sua voz.
Prometo até ensaiar a minha.
Podemos acender uma fogueira.
Dançar em volta dela.
Por que não?
Me dê sua mão.
Vamos dizer que nos amamos.
Diremos ao céu.
E a terra.
E ao fogo.
E ao mar.
E a quem mais você quiser convidar.
Pronto.
Eu sou toda sua.
E você sabe que nunca precisou de nada disso pra que eu já fosse.

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Yoake Aiyume escreveu isso as 3:03 AM sem nenhum motivo aparente. | 0 Comentários

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[ Eu conto um conto... ]

As vezes parecia ser mais fácil entender as pessoas quando eu não perdia tempo tentando também me aproximar delas. Afinal, pelo que eu via elas não pareciam me querer tanto assim por perto. O mundo não é mesmo muito seguro pra se deixar qualquer um que queira entrar na sua vida simplesmente entrar. Já que era assim, parecia ser uma idéia melhor eu apenas ficar só em meus próprios pensamentos. Então quando me dei conta de que eu tinha me esquecido completamente de aprender como fazer amigos, eu parei pra pensar e senti como era completamente difícil me tornar parte da vida das pessoas. Parecia impossível tocá-las. Entrar no mundo delas. E então eu pensei... Talvez eu pudesse fazer o contrário. Talvez eu pudesse fazer com que ELAS viessem até mim. Entrassem no meu mundo. Me deixassem tocá-las. Foi a partir disso que eu comecei a pensar no como poderia fazer isso. E a solução que eu encontrei seria contando a elas sobre o meu mundo. E desde então eu conto contos. Esperando que algum dia eu consiga alcançar alguém...

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